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Painéis em EPS cumprem dupla função nas fachadas

Para que os benefícios sejam mais bem aproveitados, o material deve ser especificado ainda na fase de concepção e projeto.

Aplicados na face externa das fachadas, os painéis em poliestireno expandido (EPS) cumprem dupla função: isolamento térmico da edificação e impermeabilização. Podem, também, ser instalados internamente nas paredes, situação que garante o conforto dos ambientes. Há uma série de cuidados que devem ser observados em ambos os cenários para que o material alcance seu melhor desempenho.

“Os painéis de concreto e mesmo a alvenaria com blocos cerâmicos ou de concreto transferem calor, o que leva à adoção de sistemas de ar-condicionado e elevados custos com energia”, comenta a engenheira Karen Peroni, do Grupo Isorecort. Nesses casos, a incorporação das placas em EPS nas fachadas pode ser feita para melhorar o desempenho térmico da edificação.
 

Os painéis de concreto e mesmo a alvenaria com blocos cerâmicos ou de concreto transferem calor, o que leva à adoção de sistemas de ar-condicionado e elevados custos com energia, Karen Peroni


O fator determinante para obtenção do melhor isolamento térmico é a espessura das peças, enquanto a densidade influi em menor proporção. “Entre uma placa em EPS 2F e 8F, a máxima densidade não propicia melhor condição térmica na mesma proporção que melhora o desempenho estrutural. Em se tratando de um EPS para melhoria do isolamento térmico, isso seria dispensável, pois o material vai se somar com algo que já é estrutural”, explica Peroni.
 

Instalação e cuidados


A aderência das placas em EPS na fachada é feita com argamassa colante, sempre com a superfície previamente limpa e livre de óleos ou graxa. Placas com espessuras acima de 50 mm são produzidas com encaixe macho e fêmea. Essa versão facilita e acelera o processo de montagem na fachada, além de melhorar a vedação nas áreas de contato entre as peças.

Quando o projeto especifica espessuras inferiores, é preciso maior cuidado na instalação, principalmente no encontro das peças. “As juntas expostas são pontos vulneráveis, que vão permitir a passagem de calor para os ambientes internos. É importante, também, muita precisão no recorte e instalação do material no perímetro das janelas”, alerta a engenheira.
 

É importante, também, muita precisão no recorte e instalação do material no perímetro das janelas, Karen Peroni


As juntas devem ser tratadas com a mesma argamassa colante ou, até mesmo, utilizando o material a ser empregado no acabamento dos painéis.

É essencial finalizar a instalação com algum tipo de acabamento, principalmente quando recobrem externamente as fachadas. “Além de evitar o acúmulo de poeira, também impede que aves, roedores ou até mesmo pessoas danifiquem o material ao longo do tempo, com a remoção das pérolas de poliestireno”, adverte.

O acabamento sugerido vai além de uma simples pintura, pois a tinta não basta como proteção física. Entre as possibilidades de camada de revestimento, estão a massa corrida, texturas e argamassa. Se as placas estiverem na parede interna, pode ser aplicado gesso.
 

Conforto térmico e impermeabilização


As placas em EPS colaboram com a impermeabilização das fachadas, por se tratar de material com baixa absorção de água. “Para alcançar esse objetivo, a melhor opção é montar as peças na face externa. Quando as peças são aplicadas internamente, podem ocorrer patologias, por exemplo, a eflorescência, sem que seja notada”, comenta Karen Peroni.

Quando o EPS é aplicado externamente, a proteção térmica proporciona, também, a redução do fenômeno de contração e dilatação da estrutura, resultante das variações diárias de temperatura. Consequentemente, colabora para impedir fissuras.

No caso de fachadas de edifícios em uso, especialmente quando elas já embarcam elementos que deverão ser retirados para a instalação dos painéis, elevando custos, a solução é a montagem interna. “A função de isolante térmico do EPS fica assegurada, porém sem oferecer os demais benefícios”, observa, reforçando que quando a especificação é feita na fase de concepção e projeto há melhor aproveitamento das características do produto.
 

Colaboração técnica
 

Karen Peroni Maia – É Engenheira Civil e mestre em Engenharia de Estruturas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Técnica em Edificações pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Já atuou com projetos de estruturas pré-fabricadas em concreto armado e protendido, acompanhamento de obras e como professora de graduação das Engenharias Civil, Mecânica e de Produção na Faculdade Pitágoras. Atualmente é Engenheira Civil do Grupo Isorecort.

Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br.

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